Quase a ir de férias

Resumindo.... daqui a quatro horas estou a sair de casa com o saco às costas... Não vou fugir de casa... vou de férias com o G. Não sei para onde vou nem quando volto. Sim, quero muito ir como é óbvio mas também tenho medo. Nunca acampei, nem nunca sai de casa sem os meus pais. Espero adaptar-me.

Nunca pensei que isto fosse acontecer....

Na sexta feira, o G veio ter comigo. Saímos, fizemos amor.... Depois disso adormecemos. Tive um pesadelo e ele percebeu que se passava algo que eu não lhe tinha contado. Ficou muito triste e lixado comigo. Decidi contar-lhe toda a verdade de uma só vez. Tive com o J, ele voltou a  bater-me. Também lhe disse que lhe mentira durante este tempo todo, mentira-lhe por medo. Finalmente contei-lhe que sei tudo do J, onde ele mora, quem ele é, tudo... Que enorme discussão que nós tivemos.Eu chorei imenso por lhe ter mentido, por ver a desilusão na cara dele, pelo que ele me disse. Fiquei muito mal, ao ponto de ter de sair do carro para ficar longe da decepção dele, daqueles olhos triste e daquelas palavras tão magoadas. Liguei ao J para marcar um encontro para resolver tudo com ele.
Ontem, fui ter com ele e resolvemos tudo. Ele disse que estava a ser acompanhado por um psicólogo, que sabia aquilo que me fez e que não estava orgulhoso disso. Pediu-me a minha amizade e o meu perdão mas por agora não lhe consigo dar nada.
De tarde, o G veio ter comigo e contou-me que não foi trabalhar de tarde para ver se me apanhava com o J. Veio de casa até aqui e andou a correr pelos caminhos a ver se nos encontrava. Azar, eu já tinha acabado a conversa e já estava em casa. Eu só soube disto tudo depois de ele vir ter comigo porque ele não me contou nada, queria apanhar-me desprevenida. Finalmente, conseguimos resolver os nossos assuntos e saímos por volta das cinco horas, fomos para casa dele, arrumamos o quarto dele, tomamos banho juntos e fizemos as pazes. Ele fez-me uma massagem e dormimos. Acordamos por volta das cinco, atirei-me a ele e ele trouxe-me a casa. Logo vamos sair com o R até ao Gerês.

O fim de semana foi diferente

Bem... não posso propriamente dizer que o meu fim de semana foi como eu estava à espera. Não foi nada parecido com os fins de semana anteriores. Na sexta o G veio cá como sempre, matámos o desejo e depois dormiu no sofá. Quando acordou, eu e a minha irmã tínhamos feito um pequeno lanche com leite achocolatado e bolos e ele chamou-me gorda muitas vezes em cerca de cinco minutos. E sim, isso incomoda-me. Ele é magro é certo e gostava que eu fosse mais magra mas eu não posso deixar de comer certas coisas de um dia para o outro. Ele devia compreender ou pelo menos aceitar. Às vezes magoa-me um pouco ele me chamar gorda. Continuando.... No sábado era suposto eu ter uma massagem mas acabei numa festa perto da casa dele com velhos amigos de escola dele e ele com uns copos a mais. Chamou-me a atenção o que ele me disse naquela noite. Ele disse a muita gente que eu era a namorada dele, o que não é costume, porque ele esconde sempre isso e diz que não sou sua namorada e isso, além de me magoar um pouco, também me deixa desconfortável com a situação. No carro ele estava todo atencioso comigo e disse-me que me amava. Estava tão atencioso que tornou aquele momento inesquecível. Domingo de manhã eu adormeci e não o acordei. Fiquei furiosa comigo mesma! Mas ele estava aqui, tão atencioso novamente, deu-me beijos e mais beijos e mais beijos. Da parte da tarde fomos com um amigo dele à praia. Estava muito calor mesmo. O mais engraçado é que, para duas pessoas que por norma quando estão juntas fazem sexo, este fim de semana só o fizemos uma vez e com muito amor. E, além do sexo ser muito bom e de sentirmos aquela pessoa ali, connosco, estar o fim de semana com ele sem o fazer foi muito bom. Usufruir da companhia dele de outra maneira, inteirar-me na sua vida e no seu grupo de amigos. Foi... formidável!

Sem tento na língua!

Hoje, o meu pai fez uma cena enorme que magoou toda a gente. Na sequência de eu não ter ido tomar café com a minha irmã e com a P, o meu pai discutiu comigo. Disse-me que eu pensava que era a rainha de tudo, que tudo tinha de ser como eu quero, quando quero. Disse-me cisas horríveis. Confesso que se ele me dissesse aquilo tudo à meses atrás, eu não me ia importar e ia fingir que não era nada comigo. Mas atualmente não é assim! Ele também reclamou com a minha irmã. Até chegou a dizer-lhe que se ela não estiver bem com as regras cá de casa, pode sempre sair. Isto está a afetar-me muito. Isto, a história da minha irmã e do T, a tentativa da P de me tirar o meu lugar. Não sei quanto tempo mais vou aguentar isto. Espero que quando o G chegar, ele venha bem disposto e me dê um daqueles abraços maravilhosos e um beijo inesquecível. Estou a precisar!!!!

Nunca estive no meio de tanta confusão....

Nunca estive no meio de tanta confusão... Eis aqui uma verdade mais que evidente. Não sei o que se passa, parece que desde há algum tempo para cá as coisas não param de acontecer e eu já não estou a conseguir suportar. Vou tentar resumir o que me perturba neste momento:
Primeiro: O J voltou a atacar. Na sexta feira veio ter comigo, pós-me uma mão no pescoço e quase me sufocou. Veio mesmo até à porta de minha casa, o que esta a fazer com que este assunto comece a ficar perigoso. Além de me sufocar, forçou a entrada com os dedos. Foi horrível. Acho que foi a pior coisa que ele me fez, ou pelo menos, a que doeu mais.
Segundo: O segundo problema foi ter de contar tudo o que escrevi no primeiro ponto ao G. Ele ficou super estranho como é óbvio. Não sei se estava indignado, preocupado ou se estava apenas irritado. Fez-me perguntas sobre tudo o que aconteceu e quando eu adormeci pôs-me de propósito a mão no pescoço para ver a minha reação. Eu sei que deve ser complicado para ele estar no meio disto tudo. Perguntou-me quem ele era, pediu-me para descrever o J e mais umas coisas relacionadas.Não lhe consigo responder por mais que tente. Eu não me queixo, não choro, não entro em depressão e o que peço em troca é apenas carinho. Eu sei que quando lhe disse isto ele ficou quase arrependido de tantas perguntas mas eu também compreendo o lado dele.
Terceiro: A relação com a minha irmã não esta fácil. Neste fim de semana, ela falou com a P do meu telemóvel porque não tinha saldo e no domingo, ou seja, no dia seguinte de manhã disse-me que falou com o T e ele não é da mesma rede. Pediu um crédito extra pelo que ela disse. No domingo á tarde foi ter com a P, mandou-lhe uma sms e ela não respondeu. A minha irmã resolveu, então, ligar-me para eu ligar à P para que ela lhe respondesse à sms. Senti-me uma moça de recados. Fiquei mesmo chateada....
Quarto: Este fim de semana, o G estava muito irritado. No sábado estávamos a trocar mensagens e mandou-me uma mensagem muito evasiva. No domingo também estava assim. Muito irritado, muito evasivo. Teve horas que vi, nas reações do G, o meu pai. A semelhança entre ambos quando estão irritados é imensa e não sei se isso me agrada ou me assusta. Eu tenho tantos problemas com o meu pai... espero não os ter com o G também.
Quinto: Este mão é um problema. O G pediu oficialmente aos meus pais para me deixarem ir com ele de férias. Agrada-me a ideia de passar dias com ele. Dormir e acordar com ele durante alguns dias e ver como nos entendemos quando passamos 24 sobre 24 horas juntos. É esperar para ver.

Depois de tudo

É sexta feira e... as coisas podiam correr melhor. Dormi pouco durante a semana, fui para a ervanária todos os dias, aprendi a fazer ponto de cruz.... Depois do que aconteceu com o meu pai, estou a sentir remorsos pelo que queria e pensei fazer naquele dia. O P e a F andam a discutir, o meu pai diz que eu e a minha irma nos devemos afastar porque estamos a provocar discussões entre eles, coisa que não é verdade! O meu pai hoje até fez um pouco o papel de meter veneno da minha avó. Disse mal da F ao P e isso é meter veneno entre o casal. Mas eles merecem-se! Tanto ele como ela fazem e dizem coisas que não se devem dizer a pessoas das quais gostamos. pelo que a F contou, o P encostou-a à parede e disse que lhe batia. Eu compreendo a revolta dela emborra ache que não é motivo para ela fazer aquilo que fez com ele hoje. É muito mau quando alguem de quem gostamos nos ameaça ou nos bate. Estou exausta com isto tudo. É o meu pai a discutir com as filhas, o P a discutir com a F, toda a gente se pega.

Passei-me!

Hoje eu e a minha mãe tivemos um pequeno desentendimento mas o meu pai aproveitou-se disso para me atingir. Disse-me coisas horriveis. Disse que eu era assim, que era má, que não valia nada, que só gostava do P e da F, que fodia toda a gente.... entre outras coisas. Eu estava nervosa, fiquei muito nervosa mesmo. Estava sufocada a chorar e o meu pai estava sempre a dizer-me que eu estava a chorar para chamar a atençao e que se eu continuasse a chorar que subia as escadas e me batia. Eu pensei loucuras naquela hora. Pensei que se ele subisse as escadas eu mandava-lhe com um prato à cabeça, pensei que era melhor sair de casa e ir pas inhas amas durante algum tempo. Pensei barbaridades mesmo. Não perdoou o meu pai. Desta vez não. O que ele me disse não se diz a ninguém. Depois de tudo o que tem acontecido comigo não consigo perdoar nem suportar tudo o que aconteceu hoje. A parte pior é que da primeira vez que me senti assim, virei um sofã, da segunda vez, arranquei o meu próprio cabelo e agora, se o meu pai dissesse mais alguma coisa, eu tenho a certeza que lhe mandava com o prato à cabeça. Que horror!

Tudo me irrita

Não estou a conseguir estar calma. Tudo me irrita. Parece que quase tudo o que me dizem é paara me atacar. A minha irmã disse que eu não confio nas pessoas e que isso é uma doença para mim, o meu pai parece que tem o dom de me irritar porque quando estou atenta a ver algo na televisão ele decide chegar e mudar para ver o que dá nos outros canais. Não sei como fazer para me manter calma. Espera que isto passe rápida senão eu parto a casa toda.

Pouco á vontade

Ontem, o G veio buscar-me e fomos com o R a um centro comercial para ver uma máquina fotográfica, à prova de água, na Fnac. Depois acabamos por ir dormir para o quarto dele. Estava muito tensa porque pensei que me ia ter que despir em frente dele e isso estava a dar-me medo. Fui à casa de banho ver-me ao espelho e só vi imperfeições no meu corpo. Não vi nada que se aproveitasse. Tive vómitos, quase vomitei lá. Como é que eu ia apresentar este corpo ao G ontem? Ouvi-o a subir as escadas e não queria que ele me visse no espelho. Então decidi fazer de conta que lhe pregava um susto para aliviar os meus nervos e disfarçar o que eu estava a fazer na casa de banho. Dormimos e eu escondi sempre o corpo. O telemóvel despertou desde as três às quatro e meia da manha e eu perdi a hora para estar em casa. No caminho, ele disse que se apercebeu que eu estava pouco à vontade e que tinha ido à casa de banho atrapalhada enquanto ele não estava no quarto. Não sei, ao certo, se ele percebeu que eu tinha ido, efetivamente, à casa de banho ou se eu tinha estado lá por outra razao. Fui lá para ir ao espelho mas espero que ele não se tenha apercebido. Não sei, é embaraçoso, vergonhoso, depois de tudo o que se passou na nossa relaçao é vergonhoso ter medo de me mostrar a ele. Estou feita!

Ando a fugir dele

O meu pai anda muito irritadiço e a meter-se com toda a gente. Irritante mesmo! Anda sempre a mandar bocas, a armar-se em parvo e a dizer ás pessoas aquilo que quer e que lhe apetece. Reclamou comigo e eu era para lhe dizer que as pessoas só lhe escondem ou não lhe contam as coisas porque ele não aceita ou reclama e o pessoal não o quer ouvir. Mas calei-me! Não quero armar confusão cá em casa. Já existe a suficiente. Agora, chego quando ele está fora de casa, saio do quarto quando ele saí de casa e quando ele está em casa eu não ponho cá os pés. É triste mas é verdade.

Sessão Espirita

Hoje fiquei a saber tudo o que aconteceu ontem na sessão espírita realizada na ervanária com o P. A sessão foi toda feita porque o meu avó está bastante mal. Foram os meus avós, a minha mãe, o meu tio (irmão dela), o meu pai, o P, a F e algumas pessoas que foram fazer incorporações. Parece que todos tiveram direito a falar com uma alma encarnada na Dona C e os comentários até foram giros. A alma que apareceu ao meu pai chamou-lhe medricas e gozou com ele, deu-lhe um pontapé e tudo. Uma alma apalpou os mamilos ao P e queria dar-lhe beijos. Engraçado imaginar a cena. O meu pai prometeu a uma alma que lhe acendia velas e que lhe dava missas para a alma descansar em paz mas hoje já disse à minha mãe que não vai fazer nada disso e que se a alma lhe aparecer lhe dá com uma raquete. A minha mãe ficou fula, disse-lhe que ele se estava a armar em rei da cocada preta e que quando prometemos e não cumprimos o castigo é duplamente pior. Estou para ver a cena.